Limo o conceito de limiar de conforto enquanto vejo o "Revolutionary Road" do Sam Mendes.
É uma infeliz história de um amor com diversas ambiguidades situadas entre o sonho e a realidade.
Compreendo a April. É uma luta titânica para mudar e ao mesmo tempo querer permanecer (ainda que infeliz). Esta luta consigo própria acaba por fazê-la sucumbir, em vida.
Há uma espécie de redoma que Frank constroi da vida deles que impede a mulher de entrar e de sair de cena. É uma imagem curiosa que encontrei apenas no livro que serviu de inspiração ao filme.

Lembrou-me uma velha citação.
"O mesmo muro que impede os outros de entrar, impede-os de sair." - Bill Copeland
E porque continuamos a evitar esta mudança tão necessária e que pode conduzir os outros a maior infelicidade?
Não pode ser explicado apenas pelo limiar de conforto.
Conforta-me pensar que ainda posso mudar...