terça-feira, 28 de julho de 2009

Limiar de Conforto

Limo o conceito de limiar de conforto enquanto vejo o "Revolutionary Road" do Sam Mendes.

É uma infeliz história de um amor com diversas ambiguidades situadas entre o sonho e a realidade.

Compreendo a April. É uma luta titânica para mudar e ao mesmo tempo querer permanecer (ainda que infeliz). Esta luta consigo própria acaba por fazê-la sucumbir, em vida.

Há uma espécie de redoma que Frank constroi da vida deles que impede a mulher de entrar e de sair de cena. É uma imagem curiosa que encontrei apenas no livro que serviu de inspiração ao filme.

Lembrou-me uma velha citação.

"O mesmo muro que impede os outros de entrar, impede-os de sair." - Bill Copeland
E porque continuamos a evitar esta mudança tão necessária e que pode conduzir os outros a maior infelicidade?

Não pode ser explicado apenas pelo limiar de conforto.

Conforta-me pensar que ainda posso mudar...

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Onde estás?

Acabo de ler o "Dinner for two" do Mike Gayle.


Não deixo de pensar no quanto é bom tomarmos as decisões mais acertadas (não necessariamente as mais fáceis) quando a nossa vida balança. O final é como devia ser...



Acabo de ver o "He's Just Not That Into You" com um elenco de actores conhecidos. Os pontos de vista de homens e mulheres, nos labirintos que os próprios criam das suas vidas, são dispostos com comicidade. Gigi, personagem central, atira, no final, com estas palavras:

"Maybe the happy ending is... just... moving on. Or maybe the happy ending is this, knowing after all the unreturned phone calls, broken-hearts, through the blunders and misread signals, through all the pain and embarrassment you never gave up hope."

Num mundo de mulheres, com tantos sinais e tantos cruzamentos ainda fico admirado como dão com o caminho. Tento admirar a sua ousadia e força de vontade com que constroem e destroem sonhos e intuições para que o todo volte a bater certo nas suas cabeças. Apesar dos contratempos parece que tudo faz parte de um "Masterplan" e que encontram coerência nas situações mais bizarras e situam-se com um romantismo invejável.


Ás vezes corre mal. Não parecem encontrar o Wally. A ansiedade causa ilusões...

Mas a vida é feita de esperança e por um instante voltamos todos (homens e mulheres) a acreditar outra vez. Vezes sem conta, contamos com o instinto. Continuamos o caminho à espera de encontrar alguém que nos complete (e nos complemente) para podermos ser felizes. A felicidade a dois, num jantar a dois.


Imaginamos os pormenores, os cenários, os rituais e no fim perguntamos: onde estás tu? Onde te posso encontrar? Ligas-me ou ligo-me a ti?

E se ela (ou ele) não está assim tão interessada (ou interessado) em ti? Enches-te de esperança e... segues caminho.

domingo, 26 de julho de 2009

Zerar


Gosto de verbos. Não é de agora que tento conjugar palavras com movimentos.

Hoje tenho este ímpeto de parar. Parar? Sim, para voltar.

Fico aqui a zerar o meu Mundo e espero que o dia 27 seja um recomeçar de um novo fôlego, o (re)começo de boas recordações futuras.

Não tenho ilusões: tenho de treinar mais para conseguir melhores resultados.

Estou disposto a isso? Se assim não fosse não estaria a escrever hoje - guardaria para amanhã.
Digo de mim para mim: Vamos a isto? :-)
Carrego no botão. Já está.